Câncer de estômago
O diagnóstico é suspeitado com base nos sintomas relatados. A seguir, deve ser realizada a Endoscopia Digestiva Alta, que permite visualizar a mucosa gástrica e realizar as biópsias necessárias. Geralmente, o paciente chega ao cirurgião já com esse exame realizado e com a biópsia confirmando o diagnóstico.
Em seguida, é necessário realizar o estadiamento. Essa etapa consiste, principalmente, na realização das tomografias de tórax, abdome e pelve. Esse exame é fundamental para avaliar a presença de sinais de doença a distância, ou seja, metástase para outros órgãos, o que impactará na decisão do melhor tratamento.
A maioria dos pacientes com câncer de estômago apresenta sintomas. A perda de peso e a dor abdominal são os mais comuns, além de disfagia, náuseas e saciedade precoce. Também podem ocorrer sinais de sangramento gastrointestinal, como hematêmese (vômitos com sangue) ou melena (sangramento nas fezes, que as deixam escurecidas e com odor fétido). É importante ressaltar que todos esses sintomas podem ser causados por condições que não são câncer de estômago, mas que merecem investigação. No exame físico, pode ser observada a presença de uma massa abdominal palpável. Até 25% dos pacientes têm histórico de úlcera gástrica.
O momento da realização da quimioterapia, o regime escolhido e o tempo de tratamento variam principalmente de acordo com a disponibilidade das medicações. Em regra, são indicados ciclos de quimioterapia perioperatória: alguns ciclos antes da cirurgia, completados com ciclos após a cirurgia.
A cirurgia consiste na retirada parcial ou total do estômago, dependendo do tamanho e da localização do tumor, juntamente com os gânglios da região. A reconstrução do trato gastrointestinal é realizada no mesmo ato operatório, para que o paciente possa continuar alimentando-se pela boca. Dependendo do caso, pode ser necessário o uso temporário de uma sonda de alimentação pelo nariz, bem como a presença de drenos abdominais. Todas essas etapas de tratamento devem ser discutidas com a equipe especializada que está acompanhando o paciente.
A partir dos tratamentos mencionados, é possível alcançar a cura desse câncer. A chance de cura é maior quanto mais precoce for o diagnóstico do tumor. O mais importante é manter-se informado sobre a doença e conversar com seu médico. Pergunte sobre cada etapa e os objetivos do tratamento. Estabeleça uma relação de confiança e siga as orientações da equipe que você escolheu para cuidar do seu caso.
Existem outros exames que podem ser considerados, dependendo do caso. Um deles é o ultrassom endoscópico, em que é realizada uma endoscopia acoplada a um aparelho de ultrassom que consegue avaliar com mais detalhes a parede gástrica. Outro exame é a laparoscopia diagnóstica, que consiste em um procedimento invasivo feito em centro cirúrgico, com o objetivo de inserir uma câmera na cavidade abdominal para descartar metástases ocultas (que não apareceram nos outros exames). Os locais mais comuns de metástase são o fígado, peritônio (membrana que recobre internamente a cavidade abdominal) e linfonodos.
Após o diagnóstico e o estadiamento, o próximo passo é elaborar o plano de tratamento. O acompanhamento conjunto do paciente com o cirurgião e o oncologista clínico é fundamental, pois ambos devem colaborar para a escolha do melhor tratamento. Já está comprovado na literatura médica que o tratamento combinado (cirurgia + quimioterapia) tem benefícios quando comparado à cirurgia isolada na grande maioria dos casos. Entretanto, em casos de doença metastática, a cirurgia mostrou-se pouco benéfica, sendo indicado o tratamento quimioterápico isoladamente.
É sempre necessária a realização de exames de estadiamento, principalmente a Tomografia Computadorizada
Uma boa relação de confiança é fundamental entre médicos e pacientes, para que juntos possam tomar as melhores decisões para o tratamento
A endoscopia é o principal exame diagnóstico para o câncer de estômago
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