Jornada do tratamento oncológico

O tratamento oncológico é multidisciplinar. Isso significa que profissionais de diferentes especialidades devem estar envolvidos para que as melhores opções sejam discutidas na condução de cada caso. Diversos protocolos de tratamento guiam as decisões no consultório. Eles são elaborados com base nas melhores evidências científicas disponíveis no momento, com o objetivo de alcançar os melhores resultados. É importante entender que não existe um protocolo exclusivo de uma clínica específica. Os protocolos são desenvolvidos a partir de estudos multinacionais e amplamente discutidos por especialistas no assunto.

Entretanto, a individualização do tratamento é essencial, pois esses protocolos não conseguem abranger todas as particularidades de cada caso. Além disso, a atualização constante dos profissionais envolvidos é indispensável, já que a medicina está em contínua evolução.

Frequentemente, o paciente chega à equipe especializada já com o diagnóstico confirmado ou suspeito, a partir de sintomas ou exames previamente realizados. Após a definição diagnóstica, inicia-se a etapa chamada estadiamento, cujo objetivo é determinar o estágio do tumor. Nesse momento, os exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética, são fundamentais para estabelecer o plano de tratamento.

No câncer do aparelho digestivo, a cirurgia é frequentemente indicada. Essa etapa do processo é conduzida pelo cirurgião especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo e tem como objetivo remover completamente o tumor, juntamente com os linfonodos (ou gânglios) próximos, que podem conter focos de metástases. A abordagem cirúrgica é escolhida com base no tipo de cirurgia, no tamanho e na localização do tumor. Ela pode ser aberta (convencional), chamada laparotomia, ou minimamente invasiva, realizada por videolaparoscopia. Essas diferenças serão abordadas no próximo tópico.

Além disso, dependendo do caso, pode haver indicação de tratamento sistêmico com quimioterapia, conduzido pelo oncologista clínico. Essa etapa tem o objetivo de tratar o organismo como um todo, eliminando possíveis células cancerígenas circulantes no sangue e reduzindo o risco de metástases à distância, ou seja, em outros órgãos.

A ordem desses dois pilares do tratamento — cirurgia e quimioterapia — varia conforme o tipo de tumor e seu estágio. Quando a quimioterapia é realizada antes da cirurgia, é chamada de neoadjuvante; quando ocorre após a cirurgia, é denominada adjuvante. Existem também casos em que o tratamento é exclusivamente cirúrgico ou exclusivamente quimioterápico. Tanto a pressa quanto o atraso na realização da cirurgia podem ser prejudiciais. Por isso, cada etapa do tratamento deve ser respeitada e realizada no momento adequado.

Diante disso, percebe-se a complexidade do tratamento oncológico, que pode ser verdadeiramente definido como uma jornada. Essa jornada deve ser guiada por profissionais competentes e atualizados, com decisões compartilhadas entre a equipe médica e o paciente. Dúvidas específicas sobre cada caso devem sempre ser discutidas em ambiente de consultório.

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